sábado, 30 de outubro de 2010

O que estou fazendo aqui?

Sabe, eu estava pensando, bem que a aposentadoria poderia ter vindo junto com o fim das dores né?
No dia da pericia do INSS eu cheguei em casa tão cansada, que eu só queria deitar e ficar quietinha. Lembro que estava calor, mas não me interessava o dia lá fora, eu só queria ficar num cantinho, ir dormir, descansar mesmo.
Não sei se acontece com alguns de vocês mas a tensão "Pré-perícia" sempre me derrubou. Eu passei vários dias tensa, separando exames e documentos, sem conseguir dormir, principalmente pelo fato de ser uma em um dia e outra no outro. A que mais me preocupava era a do INSS. Porque aquilo é coisa pra louco, não pra gente doente.
O pior de tudo é que ainda assim você percebe algumas pessoas na fila que estão simulando. Quem sente dor realmente sabe distinguir "cara de dor" de "cara de faz-de-conta que estou com dor". Tá na cara. A expressão muda, o rosto contorce, é horrível. Não dá pra simular isso. Quem pensa quem consegue está redondamente enganado. Pode enganar leigos ou aos "peritos" do INSS, mas não engana a nós!
Faz anos que durmo mal em virtude das dores. Pra dormir eu vou me escorando em travesseiros, que nem gato, até achar uma posição possível.
Não durmo mais de 4/5 horas por noite e a qualidade do sono é ruim. Sinto espamos durante toda a noite. As vezes os choquinhos não me deixam dormir nada.
Resultado tá na cara no dia seguinte: cansaço e olheiras profundas.
Não sonho, mas às vezes tenho pesadelos.
Dor suma, pelo amor de Deus!! Estou cansada.

Beijo a todos

terça-feira, 26 de outubro de 2010

E finalmente...Aconteceu!

Imaginem que são 3:30 da madruga e eu aqui, sem conseguir dormir.
As últimas 48 horas foram "punks".
Na segunda, dia 25, estava marcada minha pericia na Justiça Federal.Eu passei final de semana separando exames, laudos, cópias de receitas e atestados. Claro que meu marido foi junto, pq a papelada é imensa.
O horário marcado era as 15:15. Chegamos as 15 e, em menos de 2 minutos, fui chamada.
O perito foi muito gentil.Não tem comparação com o INSS que relatarei em seguida. Pegou os papeis com o meu marido e me conduziu atá a sala.
Quando cheguei, vc fica tão apreensivo, depois de levar tanta invertida nas pericias do INSS que a gente acaba tenso, desconfiado de "chumbo grosso".
Mas não! Ele disse que já tinha lido os laudos que estavam no processo e que por ele, já bastava. Disse que somente pelo relatorio médico, onde consta a minha "via crucis" mais a minha aparência, ele não iria me fazer "sofrer" mais. Fez o exame básico de reflexos. Só. Além disso pude contar a ele todo o meu histórico, cujos exames estavam a disposição.
Ele disse que não tinha dúvidas sobre meu quadro clínico e que eu estava aposentada!!! Até que enfim!!
Saímos de lá radiantes, antes de chegar em casa o resultado já estava no processo.
Bem, ai vem a segunda parte. Acordei no dia 26, sabendo que seria minha ÚLTIMA PERICIA NO INSS.
Então estava marcada para as 09:20. Acordei as 07:30, deixei de ir na minha fisioterapia que é das 8:15 as 9:15 e fomos para a APS.
Cheguei lá exatamente as 09:00. Sentei e fiquei esperando POR TRÊS HORAS!!!
Ou seja, sem comparação. Como eu não consigo ficar sentada mais que 30 minutos fiquei andando e prestando atenção ao painel.
As 12:00 entrei na sala da perícia. Gente vcs nao imaginam a minha raiva, pois na minha frente estava a perita ")%&$%@ que tinha feito minha pericia de revisão (R2) em 2007, quando o meu beneficio já estava em fase de conversão administrativa para aposentadoria. Bastava que ela mantivesse o beneficio no tipo 4 (incapacidade total) como todos os outros colegas anteriores haviam atestado. Na época fazia 11 dias que eu tinha operado a coluna e essa infeliz me pediu (eu não fiz) para fazer flexão. Só que ela me rebaixou para o tipo 2 (incapacidade temporária) e eu fiquei nesse limbo todos esses anos por causa dessa infeliz.
Então voltando a pericia de hoje. Seca, ela me pediu os documentos.
Dai perguntou se eu estava empregada, eu disse que sim, conforme CTPS que estava na mão dela. Ai ela disse: "tá, e na prática?", como se dissesse que eu estava enganando. Eu disse: "na prática também, continuo empregada,mas afastada desde 2003, conforme consta no relatorio médico".
Então ela disse "vc estava em beneficio até maio, pq abriu outro?", eu respondi que não havia aberto outro beneficio, mas pedido prorrogação e a pericia tinha sido marcada para 21/07 e em virtude da greve, remarcada para 26/10.
Ela começou a ler o relatorio e escrever no micro. Escreveu um jornal.
Quando eu já estava de saco cheio, eu contei a ela que tinha passado por pericia judicial no dia anterior. Ai a coisa mudou um pouco...ela perguntou se eu ja tinha o resultado. Eu disse;"sim, estou aposentada desde ontem, eu só vim aqui hoje para tentar liberar meus pagamento atrasados que dependem dessa perícia."
E ela disse: "E foram esses documentos que foram para o perito da justiça?", "sim, exatamente esses que trago todo esse tempo até aqui".
Ai terminou de escrever e disse: "bem, já que tem aposentadoria judicial, vou lhe dar 4 meses até que o orgão implante sua beneficio".
E finito. Foi até a porta, ela anda dura, com o nariz empinado, como se fosse um "Deus", ou como diz, "deuses da pericia do INSS".
Sai de lá 12:30.
Mas confesso que estou em um sentimento triste de alegria e tristeza.
Isso pq desde sempre eu sabia que se que fosse a justiça federal eles me concederiam o beneficio.
Mas eu queria procurar a cura, trabalhar, produzir...
De qualquer forma, vou continuar tentando, fazendo meus tratamentos e levando a vida...
Pra completar o "chá de cadeira" me deixou imprestável para o resto do dia. Cheguei em casa como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Tentei dormir, mas como não tenho hábito de dormir a tarde não consegui.
Fiquei na cama esperando a dor passar. Não passou. Tomei o dobro dos remédios e agora não consigo dormir, deve ser o efeito de euforia causado pela gabapentina, não lembro quantos comprimidos tomei...
Não posso perder a esperança de melhoras, não é??
É isso, não desistam!!!

Beijos,

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Google Baby"

Então como fico muito tempo deitada, me distraio vendo TV, quando não esotu respondendo aos blogs, normalmente das 10:00/10:30 da manhã.

Então hoje passou um documentário chocante, estarrecedor, tanto que custei acreditar que fosse um documentário, pois quem dera fosse ficção mesmo.
Esse documentário mostra a venda de "material genético" pela internet.
Começa com um israelense que compra óvulos e esperma e ainda negocia barriga de aluguel.
Os candidatos interessados que tiverem um parceiro e, por exemplo, a mulher não ovula, esse israelense procura quem venda seus óvulos para implantar em mulheres...na Índia. Aí mostra o outro lado. Gente vivendo em extrema pobreza, querendo vender a barriga para melhorar de vida, sair da miséria.

A médica indiana mantém uma clínica onde faz a implantação dos óvulos (que foram vendidos, de outros países) e cuida dessas mulheres durante a gestação.
Nesse período elas recebem alimentação, moradia e acompanhamento médico até o nascimento do bebê.

Mostra também a doadora de óvulos, em um total de 26 óvulos ela havia recebido US 8.500,00, que além de ajudar no orçamento servia também para comprar armas, que era o hobby do casal.
Uma mulher liga. Tem 57 anos, sem parceiro e quer ter um filho. O empresário negocia o óvulo, o esperma do doador e a barriga de aluguel...
Um casal de gays também. Eles queriam as características deles nos filhos, queriam fazer a fertilização "in vitro" com o esperma dos dois, para que os filhos nascessem como eles queriam.Como eles queriam gêmeos, perguntam se há problemas em inseminar duas mulheres com dois óvulos cada, pois a chance de sucesso seria maior. Eles dizem que se acaso todos os´embriões vingassem então fariam um "aborto seletivo", ou seja, excluiria aqueles que não tivessem as possiveis características pretendidas.

Mostram a vida das mulheres que alugarão suas barrigas.
Quase no fim tem um parto. Uma mulher de meia idade, muito magra, quase esquelética, dando a luz a uma menina branquinha, inglesa. Depois que o bebê é retirado a mãe fica meio que jogada, todas as atenções vai para o "produto".

Isso que me choca: Seres humanos sendo "produzidos", sendo comercializados mesmo antes de nascerem. Como se fosse uma linha de produção mesmo!Todos tem seu papel e parecem não se chocar com nada disso.

Jamais venderia um óvulo ou faria algo semelhante, acho realmente estarrecedor e pior, não há nada que regule, nenhuma legislação que proiba pelo jeito. Em uma determinada hora a "mãe" que está grávida chora, dizendo que quando levarem o bebê, partirão seu coração...Entendo de certa parte a necessidade dessas pessoas.
Mas não entendo como podem ser exploradas, como podem ser convencidas a fazer algo tão CHOCANTE!
Assistam, pra quem tem HBO vai passar mais umas 4 vezes até o fim do mês...

Tristeza de Mãe...

Não dormi esta noite por causa da dor. Farei dois post, pois são assuntos diferentes, mas estarrecedores.

Não saio de casa quase nunca, mas quando vou ao médico procuro, ao menos, ir à manicure. Semana passada tinha dois médicos marcados então fui fazer a mão. Quando cheguei tinha uma mulher "fazendo o pé" e um menino, que era seu filho.
A mãe queria que o menino cortasse o cabelo. Então a cabelereira começou a cortar o cabelo. Quase no fim do corte o menino pôs-se a reclamar, pois não gostou do cabelo. Até aí tudo bem. As vezes as vontades dos pais são diferentes das vontades dos filhos.
O que ninguém esperava fo a reação do filho. Esse menino começou a xingar a mãe. Dizendo, vou repetir literalmente, os seguintes impropérios:
"Você é uma vaca", "Eu vou te matar quando chegar em casa com uma faca","por mim você pode morrer", "Eu não tenho mãe", "Eu te odeio".

Gente, eu fiquei chocada. Não satisfeito ele pegou um esmalte e passou na roupa da mãe, jogou os chinelos dela pra fora do salão, foi até o carro e riscou...
A mãe rebatia, e, de repente, ela pediu uma água com açucar. Depois, a muito custo, convenceu o menino a ir embrao, pq ele não queria voltar pra casa. Antes de sair, ele pegou um brinquedo, uma arma que parece uma metralahadora com pressão e atirou várias vezes na mãe. Pelo ódio que aquele garoto demonstrava se a arma fosse verdadeira ele faria a mesma coisa.

Sabe qual a idade desse "monstrinho"? 9 anos. Sério, cheguei em casa, triste. Não se espera ver uma cena dessas...com uma criança tão pequena e um ódio tão grande. Fiquei com pena do menino e da mãe.

Até que ponto as coisas chegam, na vida tudo tem um limite e acho que os pais não estão sabendo impor limites ao filhos. Fiquei pensando que esse garoto cresce desse jeito vai virar um marginal, um psicopata, sei lá...

Meu filhinho estava ouvindo eu contar ao meu marido e disse que sabia o que o menino precisava pra nunca mais desobedecer a mãe: "umas 100 chineladas na bunda"...eu nunca bati nos meus filhos...sempre foi na base do diálogo, mas nesses casos acho que meu filho está correto.

Sábio conselho de um menino de 7 anos.