domingo, 31 de maio de 2009

Ói Nóis Aqui Traveis...

Sem conseguir dormir...nada fez efeito hoje. Estou com um principio de gripe, nariz trancado, cabeça latejando...Sabe qeu é pior? Pra quem toma um monte de remédio os remédios mais simples, corriqueiros custam a fazer efeito, normalmente é preciso dobrar a carga de remédios.
Hoje fez um dia "ventoso" e chuvoso por aqui. Amanhã tenho médico, quero ver se consigo outro remédio pra dor, metadona não ta indo bem, as dores continuam.
Também cozinhei. Ah, adoro cozinhar. Todo domingo eu cozinho para a minha família, gosto de ver minhas "crias" reunidas.
Hoje o cardápio foi ..,comida mineira, uai. Afinal eu sou mineira, da gema. Muito tutu de feijão, costelinha de porco, couve, arroz branco, pudim de leite. E depois ainda fiz bolo de fubá. Nossa, muito bom demais.
Pena que a madrugada ta assim. Espero que amanhã melhore.
Grande beijo a todos!
Clê

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Filosofando na dor...

Sabe o que descobri, que funciona pra mim? Que quando estou com dor e começo a divagar sobre qualquer assunto, qualquer coisa que possa concentrar o cérebro em outro ponto a dor diminui.
Esses tem sido dias de "chumbo", cama e remédios, não necessariamente nessa ordem.
Hoje amanheci com o lado que está a bomba inchado, muito dolorido, demorou um tempão pra eu ter coragem de levantar e tomar café.
Ai fiz um coquetelzinho de remédios de sempre: metadona + gabapentina + miosan + dorilax + probenxil e tomei. Passado umas duas horas deu uma melhoradinha, até consegui tomar banho sozinha, pq tá dificil mesmo se locomover.
Mas voltando a filosofia, recebo diversos convites para cursos e fico pensando que se realmente eu estive 100% poderia fazer esses cursos. Hoje recebi um convite para uma pós na Argentina. Como vou fazer? Impossivel.
Estou aguardando dois médicos, tenho consulta segunda, consulta dia 17 e consulta dia 09/7 (longe pra caramba). Na segunda a especialidade do médico é oncologia.
Andei lendo sobre cancer ósseo, fico pensando se de repente num é um troço assim, sei lá. Vou pedir um exame específico para o oncologista (que também é especialista em dor).
Que dor é esta que não consegue aparecer em uma ressonância? Pq dói tanto?
A cirurgia está em marcha. Volto a consultar o médico em junho e espero que em julho faça uma nova cirurgia na coluna.
Como eu disse no início do ano (que já parece tão longe né, hj ultimo dia útil de maio, estamos entrando no meio do ano) esse é meu ano da virada.
Chega de dor crônica...rs
Amigos, só vim escrever para que saibam que estou levando, um dia a dor me leva noutro eu levo a dor e assim vai.
Beijo grande a todos que acompanham.
Clê

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cansada...


Bem meninas, depois de mais de uma semana de molho ainda não melhorei. Descobri que o médico principal está viajando e só retorna em julho. Consegui agendar uma consulta com outro especialista em quadril mas ainda é para junho. Será o mesmo médico que operou meu enteado alguns dias atrás.
Os dias tem sido extremamente doloridos, não dá vontade de sair da cama, não dá vontade de fazer nada. Parece existir uma faca me cortando, a sensação é muito ruim.
Na coluna tenho sentido uma espécie de "martelinho", as vezes o espasmo é tão grande que chego a acordar de madrugada.
Projetos todos parados. Providenciei a documentação para a OAB, mas não tive como levar e quero ir pessoalmente levar meus documentos. Quero ver se antes do meu aniversário faço o juramento.
Tenho tomado além dos analgésicos, antiinflamatório, antes eu tomava o prexige mas depois que deu essa zica com o de 120 mg parei de tomar, apesar que a dosagem que tomo é maior, 400 mg. Estou tomando o probenxil e também ibuprofeno.
Aumentei por conta propria a dosagem do mytedon, mas não aconselho ninguém a fazer isto, aumentei de desespero. Dá uma pequena diferença na intensidade da dor e mais sono, ando muito sonolenta.
Por hoje, parando, vou tentar escrever no outro blog ainda hoje também, para não deixar a postagem pela metade.
Um abraço enorme a todos.

Clê

sábado, 23 de maio de 2009

Again...


Bem, faz dias que estou na fase aguda da dor. É muita dor mesmo, doi o corpo todo por causa da fibro, mas doi principalmente o quadril.
A pele chega a ficar ardida, tamanha a sensibilidade. Quinta sai um pouquinho de casa para ir pagar umas contas e de repente minhas pernas estavam travadas. Para dar um passo estava muito dolorido, impressão que ficaria dividida ao meio.
Então fui eu e maridex direto para o Pronto Socorro. Fazia tempos que eu estava fugindo do pronto-socorro, cansei de médico mesmo...Mas quinta num teve jeito, pra chegar ao ponto de eu pedir pra ir, é pq a coisa ta preta mesmo.
Chegando lá fui atendida pelo plantonista da neuro. Resumi o caso, já que meu médico que atende no mesmo hospital está viajando e só retorna em julho.
Estava com uma contratura muscular muito forte, vc sente uma espécie de onda de caimbra varias vezes seguidas. Os nervos vira um emaranhado.
Então como não tinha morfina no hospital e eles tb tem medo de aplicar, principalmente quando o médico responsável pelo seu tratamento não está por perto, me aplicaram tramal.
Foi até engraçado voltar para a sala de espera. As pessoas te olham assustados, eu pálida de dor, e eles devem estar pensando além do que eu tenho pq estão me deixando ir embora. Minha pele e até minha boca chegam a ficar muito branca quando tô com dor.
O que me chateia de ir em hospital é ir tomar o treco e duas horas depois a dor volta, as vezes até mais intensa.
Na volta tomei umas metadonas e dois amiptryl e pensei em dormir. Mas a dor não deixou, fiquei assim até quase quatro da manhã.
Horrivel. Continuo extremamente dolorida. Pensando no que tomar ou que atitude ter para que isso diminua.
Semana que vem vou consultar com um novo especialista em quadril. Fico pensando pq não acham nada na ressonancia? Pq doi tanto? Tem que haver algo errado.
Esse médico novo é o mesmo que operou meu enteado, que se acidentou (coloquei a foto do carro no post, depois olhem lá a "latinha" que virou o carro).
Ontem tava assistindo um filme a noite (consegui dormir tarde de novo) e numa cena a policial olha os braços da bandidinha e está cheio de picadas roxas(filme do Steve Segal, acho que eu e meu marido já assistimos todos). Dai comecei a brincar com meu marido que não posso sair na rua, senão vão me prender também.
Minhas veias estão muito fininhas por causa da constância que injeto remédios então estou cheia de roxo, quase preto no braço.
Ai eu disse, já to com cara de drogada, cheia de olheira de não dormir e ainda com o roxão no braço. Misture a tudo isso que a gente fica meio zonzo de tanto remédio. Seria só tempo de sair na rua...rs, com certeza, chave de cadeia, ahahahaha!

Por hoje é só.
Um bom fim de semana a todos, carpem die!
Clê

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Superação sempre...


Tive dois casamentos, até hoje. O primeiro durou nove anos e terminou de forma atribulada. Depois de um certo tempo no limbo você percebe que talvez aquela não fosse a pessoa certa pra você.
Não tenho raiva pelo meu ex-companheiro. Era imaturo. Graças a ele e "uma paulada pelas costas" é que fiz Direito. Explico: Houve uma época que eu trabalhava muito, uns dois anos depois da separação. Então tinha as filhas para criar, sozinha, pois eu não conseguia receber a pensão alimentícia acordada.
Um dia minha filha mais velha tomou uma porção de remédios, frutos de uma bobeira, aquelas de adolescente que querem chamar a atenção dos namoradinhos. Foi parar no pronto-socorro. Quando conseguiram contato comigo o pai já havia ido atender.
Em seguida, alegando que seria "melhor pra mim", meu ex-marido retirou minhas filhas menores de casa...Foi um dia muito triste, muito triste mesmo, nem gosto de lembrar desse dia, pois eu sentia que tinham tirado um pedaço de mim.
Mas serviu pra alguma coisa. Daquele dia em diante decidi que iria fazer direito para fazer valer aquilo que me era justo. Não era justo perder a guarda das minhas filhas porque eu não estava em casa quando uma delas precisou de mim. Se eu estava batalhando pelo seu sustento era algo que o pai tinha que, inclusive, reforçar, já que não pagava a pensão de forma continua, um mês pagava, passava dois sem pagar.
Então eu tinha isso na cabeça. Vou fazer direito e vou atrás do que é de direito das minhas filhas.
Fiquei 04 longos anos longe delas, vendo-as de 15 em 15 dias. Foi muito sofrido.
Antes de eu terminar o curso de Direito, resolveu-se a questão da pensão. Antes também minhas filhas retornaram. São meus tesourinhos.
Se eu tivesse apenas paciência, teria ficado inerte aguardando o retorno delas. Mas eu não tive esse tipo de atitude, pelo contrário, fui atrás.
Escrevo isso para vocês entenderem porque é tão dificil para mim ficar em casa.
Eu nunca fui dependente. Nunca. É estranho necessitar de ajuda para as coisas mais prosaicas da vida...
Então colegas, não desistam.
Sei que chegará o dia que superarei essa situação. Espero que não demore muito...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

HC - Programa de controle da dor


"Programa de controle da dor do HC será referência para outros hospitais

Luiza Caires / USP Online
lucaires@usp.br

Apesar do sofrimento e problemas de saúde derivados que traz às suas vítimas, há duas ou três décadas a dor não era uma das maiores preocupações dos médicos. E, segundo o professor Irimar de Paula Posso, da Divisão de Anestesia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em algumas instituições ela até hoje não é considerada desta maneira. Assim, a ideia principal do programa Dor, quinto sinal vital, que Posso coordena, é a de treinar equipes no próprio HC e em outros hospitais do estado de São Paulo para avaliar periodicamente a dor dos pacientes e lhe dar a devida atenção. “Isso exige, além do treinamento dos profissionais, adequação dos prontuários, do hospital e da terapêutica”, explica.

Há cerca de 10 anos o hospital tem trabalhado internamente com conceito de dor como quinto sinal , bem como com seu controle especializado. Em 2005, após uma semana de preparação das equipes de médicos e enfermeiros e adequação dos prontuários do hospital, o Dor, quinto sinal vital foi oficializado, com grande repercussão entre os pacientes e também na mídia. Como o modelo de treinar outras instituições em diferentes áreas não é algo novo no HC, surgiu a proposta de oferecer, a partir deste ano, treinamentos externos também neste campo.

Entre os hospitais que já foram contatados e manifestaram interesse em participar do programa estão Pérola Byington, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Hospital do Mandaqui e Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Segundo Posso, o HC pode dar conta de lidar com tantas instituições porque trabalha com um sistema de multiplicação. Trata-se, como explica, de “treinar para treinar”, e então os próprios hospitais podem dar continuidade ao trabalho.

Identificação
Existe uma rotina – aplicada desde nos mais simples até nos maiores hospitais – que consiste na avaliação, de seis em seis horas, dos quatro sinais vitais do paciente (temperatura corporal, pressão arterial, pulso e frequência respiratória). Os dados são anotados na ficha do paciente para que o médico que o acompanha verifique-os durante as visitas, e também para que, quando um sinal vital estiver alterado, sejam tomadas medidas para que ele retorne ao padrão normal.

O programa do HC, então, tenta dar à dor um status semelhante ao dos outros indicadores. “Na verdade, a dor não é um sinal vital, é um sintoma. Porém, adotamos a idéia de dor como sinal vital para fazer com que ela fosse medida juntamente com os quatro sinais em si, e que sejam tomadas as providências quando necessário”, esclarece o médico.

Utiliza-se uma escala para classificar a dor, que pode ser quantificada de várias maneiras. É mostrada ao paciente, para que ele indique como se sente, uma régua que vai de zero a dez (0 a 3: dor controlada; 3 a 7: moderada, precisa de tratamento; 7 a 10: dor intensa, exige tratamento e reavaliação do tratamento atual).


Treinamento
Como quem fica mais tempo como o paciente geralmente é o enfermeiro, foi pela equipe de enfermagem que o treinamento foi iniciado. Áquila Lopes Gouvêa, enfermeira da equipe de controle da dor do HC, ressalta que a parte mais importante do trabalho é conscientizar os profissionais em relação à importância do programa. O treinamento aos enfermeiros inclui ainda aulas teóricas de fisiopatologia da dor e a parte prática da avaliação, que deve ser periódica e contínua.

A atuação junto aos médicos, por sua vez, também visa capacitá-los tanto a avaliar quanto a lidar com esta avaliação. E a recepção dos diversos profissionais tem sido boa. “A dor é algo que todos vivenciamos, então percebemos que as pessoas se sensibilizam em querer melhorar a qualidade da assistência”, relata Áquila.

O professor Posso lembra que a rotatividade de profissionais no HC é muito grande, então acaba sendo necessário um “eterno treinar”. Além disso, estão sempre surgindo novos anestésicos, novas técnicas e novas abordagens da dor, que demandam atualização das equipes.

A dor de cada um
Na medicina, existem cerca de 30 termos para que alguém descreva a sua dor; mas a dor é uma experiência subjetiva, que só a própria pessoa que está sentindo conhece. “É um sintoma, mas de avaliação muito difícil, pois a definição também depende da vivência que aquela pessoa já teve com dores. Tanto varia de intensidade de indivíduo para indivíduo, como pode variar numa mesma pessoa, de acordo com o momento em que está vivendo – quem está deprimido sente mais a dor, por exemplo”, explica o professor.

Basicamente, a dor pode ser diferenciada entre aguda e crônica. A primeira é gerada por uma lesão, de início súbito e com função de alerta, para fazer a pessoa procurar socorro. Depois que houve o alerta, não há motivo para que ela permaneça; se permanecer vira dor crônica. “A dor crônica, apesar de mais difícil de combater, deve ser tratada, pois, além de sofrimento, causa outros problemas como aumento da pressão, perda de apetite, e dificuldades respiratórias”, aponta Irimar Posso.

Como exemplo de dores intensas, o médico cita a dor de dente, quando há necrose da polpa dentária, e os diversos tipos de tumores que comprimem os nervos.

Diferentemente do câncer, que pode levar à morte, há também dores que não representam risco de vida, mas que incapacitam o acometido de realizar suas atividades diárias, trazendo grande prejuízo. Este é o caso de quem apresenta fibromialgia ou dores lombares frequentes.

Há ainda dores diferentes do padrão conhecido, que tornam o tratamento ainda mais complexo. Este é o caso da chamada “dor fantasma”, relatada pelo paciente em um membro ou órgão que já foi amputado ou retirado. “Muitos médicos não sabem lidar com este problema, e acham que é alguma questão psicológica do paciente, mas trata-se de respostas latentes dos neurônios”, afirma o médico."


Essa noticia foi enviada por minha amiga Fernanda e publicado na íntegra. Para aquelas pessoas que moram em São Paulo, existe a opção de procurar esse programa de "controle da dor" no HC e testar pra ver se funciona.
Abraços
Clê

Cadê todo mundo?

Estou sentindo falta dos comentários, cadê minhas amigas que não comentam mais? Hein?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Tá dificil...

Ah que beleza, 2000 visitantes, graças as minhas fieis amigas que visitam esse blog todos os dias.
Gente não sei quanto a vocês mas o ar seco está me matando. Não consigo dormir mesmo seguindo as recomendações de colocar toalhas molhadas e balde com agua no quarto. Passo o dia todo com o nariz irritado, seco.
Eu lembro desta cidade no outono, chovia que dava até pena, era coisa de a gente quase virar sapo de tanto que chovia. E fazia frio também. Lembro-me que quando cheguei em Curitiba pela primeira vez, quando nos mudamos para cá, fiquei assustada com o frio. Era mes de julho e fazia algo em torno de 2º graus abaixo de zero. Hoje nem chuva, nem inverno.
Não achei que as consequências do clima, do aquecimento global fosse nos atingir tão cedo. Ai ligo a TV tá lá: nordeste inteirindo embaixo d'água, como na música de que o "sertão vai virar mar" e na outra ponta aqui no sul "o mar virando sertão", porque está tudo seco.
As outras recomendações é lavar os olhos e o nariz com soro fisiológico e ingerir bastante líquido. Imagino quem mora lá por Brasília onde a umidade do ar, normalmente, é a menor do Brasil. Deus que me livre sô!
pior é sentir os efeitos mesmo sendo uma pessoa ecologicamente correta. Eu separo o lixo organico do reciclável, nós temos coleta uma vez por semana do lixo reciclável. Eu separo oleo de cozinha utilizado em fritura, já tenho mais de 10 litros de oleo que aqui são recolhidos nos terminais de ônibus. Separo pilhas e baterias, não lavo calçada (lavar eu não lavo mesmo, mas quem lava) com torneira, somente com balde, ou seja, sigo a maioria das recomendações de manter o planeta mais saudavel e usável para todos. Não é preciso grande esforço pra isso, são pequenas atitudes individuais, que somadas (ou seja, muitos individuais) vai fazer a diferença. Então não poluo nem rua, nem mares, nem nada, sempre tem um lixinho comigo e agora tenho que pagar o pato junto...
Não é justo não.
Então amores, além de dolorida, estou com o nariz ardendo e entupido, de não aguentar mais. Vamos nos hidratar e hidratar o planeta, coitado.
Beijo a todos!
Clê

domingo, 17 de maio de 2009

Papel de mãe...


Acabei de ler uma entrevista com a Maria Mariana, que fala sobre seu novo livro "Confissões de Mãe". Ela anteriormente escreveu e protoganizou "Confissões de Adolescente". Na entrevista ela diz que não se arrepende de ter deixado a carreira e ficar em casa cuidando dos 4 filhos. E que esse é o papel primordial da mulher: o papel de mãe. Se não educarmos nossos filhos, como poderemos cobrar deles atitudes mais tarde?
Sei que muita gente discorda desses comentarios. Mas, apesar de minha formação acadêmica e de sempre ter trabalhado, até aparecer minhas dores crônicas, tenho que concordar com ela.
A mulher foi feita para cuidar dos filhos, para ama-los, para educa-los. Esse é nosso papel primordial. A partir da revolução feminina, da queima de sutiãs, da marcha pela liberdade, passamos a ocupar um lugar maior na sociedade. Passamos a trabalhar "fora" e competir no mundo dos negócios.
Que vantagens tivemos? Nenhuma. Vejo milhares de mulheres submetidas a jornadas triplas de trabalho - no trabalho, em casa, na educação dos filhos. E vejo que cada vez mais estamos mais doentes. O percentual de mulheres com LER (lesão de esforço repetitivo), por exemplo é superior a dos homens.
Por outro lado, deixamos nossos filhos a mercê de outras pessoas. Tentamos jogar esse papel para a escola, mas a escola é para dar cultura e não para formar personalidades, caráter. Formar um cidadão, formar uma pessoa, é papel da família, é papel sempre da mãe.
O que vejo é que caimos em uma grande armadilha. Fomos (as gerações anteriores, mas fomos como mulheres em geral) atraidas por uma promessa de liberdade, de igualdade, de tratamento digno, e o que temos hoje?
à partir da entrada da mulher no trabalho houve um certo desiquilibrio, por exemplo, no exército de reserva, nas palavras de Marx. Esse exército de reserva era formado por homens...e já era um grande contingente. O exercito de reserva é o que controla o mercado de trabalho, é o que faz com que você não mande seu emprego pelos ares, pois imediatamente acharão outro para por em seu lugar.
Esse desiquilibrio, com mais mão de obra ávida por pertencer a esse mercado de trabalho, fez com os salários dos homens, até entao os unicos "provedores do lar" sofresse uma redução, drástica até nos ultimos tempos.
Essa redução salarial combinada com o desemprego, faz com que milhares de famílias se desintegrem, que tenhamos cada vez mais mulheres trabalhando após a separação/divórcio, agora por necessidade e não por vontade "própria".
E isso causou ainda uma grande desintegração. São crianças sendo criadas por si próprias ou por estranhos. Quem pode substituir uma mãe? Ninguém.
Crianças a mercê da marginalidade. Percentual de violência cada vez mais alto. É isso que vejo.
Então o papel de mãe é extremamente salutar não só para a familia mas para a sociedade.
Pior de tudo é constatar que é tarde demais. Hoje se todas as mulheres resolvessem voltar para casa, voltar para o convívio com sua familia, com seus filhos, teríamos uma enorme crise mundial, muito maior do que hoje enfrentamos, pois o mercado de trabalho prescinde dessa mão de obra.
Não se trata de ser feminista, ou de não ser...mas de olhar a situação criada por uma ótica realista.
Caímos em uma enganação. Viva Maria Mariana, que ela continue em casa cuidando de seus filhos e criando cidadãos dignos do futuro.
Abraços!
Clê

sábado, 16 de maio de 2009

Carta de Gilmar Yared

Carta de Gilmar Yared, pai que perdeu o filho no acidente de Ribas Carli
Olá queridos amigos!

Vocês não imaginam a importância de ter amigos. Neste momento de muita dor, onde a tristeza tomou conta de minha alma, onde a vontade de viver dá lugar a de morrer, receber as muitas mensagens através de telefonemas e e-mails tem sido um refrigério.
Ontem a equipe da TV Paranaense esteve em minha casa, gravamos uma matéria que revelava bem a nossa indignação. Mas infelizmente cortaram e colocaram apenas o que não poderia repercutir ou seja nada comparado ao que falamos.
Vejo o Poder Publico sendo colocado a disposição do deputado para diminuir as evidências deste crime.
No posto de gasolina onde praticamente tudo começou, o frentista revelou que no dia seguinte onde nós chorávamos a morte de meu filho ,os advogados do deputado já estavam trabalhando recolhendo evidencias.
Conversando com o frentista o mesmo comentou que ouvindo a conversa deles, afirmavam que o deputado estava embriagado. No Hospital Evangélico enfermeiros comentam de que foi encontrado cocaína em seu sangue e tudo sendo escondido pelas autoridades, médicos e imprensa.

Porque tanta impunidade?
190 km por hora foi quando foi cravado o velocímetro e o delegado responsável pelo caso,disse desmentindo as primeiras informações oficiais revelou que o velocímetro estava em zero.
Que poder é este que destroi a familia? O poder político não é maior que o poder de Deus e não pode estar acima do bem e do mal. Meu irmão apresentador da TV Educativa, foi afastado de seu programa.
Na CBN colegas jornalistas estão indignados com o cerceamento de informações. Autoridades de nosso estado, com certeza voces fizeram um pacto e não foi com Deus. Imagino que haja pessoas descentes e que irão reverter este quadro.

Sei que tudo irá passar e que enfrentarei muitos desafios a partir de agora. Peço a Deus que nos dê forças e nos proteja. Amigos, poderia estar acontecendo com qualquer um de vocês. Fui escolhido para suportar tamanha dor acompanhado desta grande injustiça.

Obrigado pelas homenagens ao meu filho. Nesta quinta na Igreja do Balão no Alto da XV, estaremos realizando um culto em memória ao Gilmarzinho às 20:00.

Um beijo à todos queridos amigos,

Gilmar


Não possso deixar de prestar minha solidariedade a esta família, que perdeu o filho de uma forma tão trágica, vítima de um "deputado" que foi multado por excesso de velocidade mais de 23 vezes, mas que não teve sua carteira suspensa ou recolhida.
Não conheço nenhuma das partes, mas posso imaginar a dor que a família está passando, pelo simples fato de ter filhos e não desejar nunca que tal situação aconteça.
Vejo a mãe, como uma leoa, defendendo seu filho, procurando que a justiça seja feita e que não haja impunidade neste caso. Espero que o pedido de cassação de mandato seja votado e aceito pela Assembléia Legislativa, que o mínimo que pode ser feito por essa família nesse momento.
Não podemos deixar que o poderio econômico, que a sensação de impunidade, imbuída naqueles que ocupam cargos políticos vençam nesse momento. Justiça!
Abraços
Clê

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tentando entender a dor...


Dor
Todas as pessoas já sentiram dor em algum momento da vida. Mas o que é a dor?
Poucos temas são tão complexos na medicina quanto a dor. Ela pode ser causa ou efeito, puramente física e localizada ou psicossomática e difusa.
Sua compreensão sempre foi um desafio aos médicos.
A dor pode ser definida como uma sensação desagradável, de intensidade variável, decorrente da reação de uma pessoa em relação a lesões reais ou potenciais.
Uma outra definição, amplamente aceita, foi proposta pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a qual descreve a dor como uma experiência tecidual ou potencial.
Dor é sempre subjetiva, pois é criada por alguns "receptores especializados em dor" presentes em nosso corpo, que são traduzidos em uma resposta emocional a esse estímulo. Daí dizemos que a dor física também tem um sentido psíquico. Enquanto algumas pessoas sofrem muito com uma batida na ponta da mesa, por exemplo, outras podem não dar tanta importância para dores bem mais fortes.

Produção da Dor
O que acontece com nosso corpo para sentirmos dor?
Tudo começa quando as terminações nervosas existentes sob nossa pele e nos
músculos recebem um estímulo nocivo. Essa "mensagem" é levada pelos nervos
sensitivos até a medula, onde há uma resposta motora. Dali, a "mensagem" segue para
o cérebro,onde é processada, formando a consciência da dor.

O que pode doer mais

As regiões do corpo que possuem mais terminações nervosas são mais sensíveis à dor. É o caso das pontas dos dedos e das mucosas. Essas terminações nervosas também estão presentes em revestimento dos ossos, nas paredes arteriais e em certas áreas do esqueleto.

Tipos de dor
Existem, basicamente, dois tipos de dor: dor aguda e dor crônica.

A dor aguda é aquela que dura (ou está prevista para) um curto período de tempo, geralmente menos de um mês. Exemplos de dor aguda são dor associada a procedimentos odontológicos (como extração do ciso), cirurgia ortopédica, cólica menstrual (dismenorréia), entre outros.

A dor crônica é definida como a dor que persiste ou recorre por mais de 3 meses ou dor associada à lesão de algum tecido que imagina-se poder evoluir. Podemos citar como exemplos artrite reumatóide, osteoartrite, gota, etc.

A resposta de uma pessoa com dor aguda é diferente da resposta de uma pessoa com dor crônica. No segundo caso, várias alterações psicológicas ocorrem e há aumento da irritabilidade, depressão mental, preocupação com o corpo e afastamento dos interesses externos. Os pacientes que sofrem de dor crônica podem querer afastar-se das pessoas mais próximas e apresentar incapacidade para continuar com as atividades de trabalho e laser. Outros sintomas comumente relatados por pacientes com dor crônica são insônia, diminuição do desejo sexual e alterações de apetite.

Essas informações são do site: http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/sua_saude/dor/dor1.html

Hoje tá frio e chuvoso aqui. Então acordei horrível. E pior, não adianta tentar ficar na cama o dia inteiro, não dá certo, é provável que fique pior mesmo.
Nesses dias eu tento ler, tento ficar calma. Hoje iniciei postando no outro blog e agora resolvi postar para as minhas queridas e amadas amigas, que aliás, estou sentindo falta dos comentários. Sumiu todo mundo?
Fiquei por cerca de 15 minutos embaixo de um chuveiro quente, mas não resolve também é tudo paliativo. Tenho feito massagens com óleo de cânfora, tem a vantagem de deixar tudo quentinho, diminuindo um pouco a sensação de dor.
Estou com meu filhinho em casa há três dias, desde que ficou com otite. Engraçado meu filho nunca teve dor de ouvido quando era bebê, deixou para ter depois de "velho"...rs. Dá pra observar bem a diferença entre dor aguda e dor crônica, assim nessas passagens diárias. Segunda-feira meu filho voltou da escola e disse que não estava ouvindo a própria voz. Nem deu meia horinha, já começou a chorar de dor de ouvido, meu marido levou ele no pediatra e já foi medicado. Tava com uma pequena infecção no ouvido. Dor aguda é assim, rápida, não demora. No dia seguinte ele já tava bom de novo, mas por precaução resolvemos deixa-lo em casa.
Já a minha é um martírio. Dói tanto que dá vontade de sumir da face da terra.
Sexta foi o dia da cirurgia do meu enteado. Quebrou o maxilar e o úmero, então realizaram as duas cirurgias no mesmo dia. Mas tem uma grande vantagem, ele é novo o corpo reage mais rápido a tudo, como as crianças.
Ainda fomos passar o dia das mães com minha sogra. Voltei um caquinho...rs. Eu sei quando vou que vou voltar pior, mas se eu for deixar de ir por causa da dor, não irei nunca.
Ano passado passei quase o ano inteiro sem sair de casa...não adianta. As vezes sair de casa é até melhor por que distrai a cabeça...É muito dificil passar 24 horas entre quatro paredes. Muito difícil.
Abraços a todas e todos que acompanham!
Clê

quarta-feira, 13 de maio de 2009

10 passos


Conteudo a partir do site:
http://www.myos.pt/ver01.php?aid=2

10 passos para ultrapassar a dor crônica

A dor crônica é um problema sério mas é tornada frequentemente pior pela má informação, atitudes e opiniões negativas, ideias ultrapassadas e emoções negativas. Reconhecemos que a dor crônica é frequentemente mal gerida, não porque faltem tratamentos adequados mas por causa do medo e da ignorância. Estes passos foram criados para o/a ajudar a lidar mentalmente com a dor crónica da melhor maneira possível.

1 – Assegure-se que compreende que espécie de problema a dor realmente é
A dor crónica é diferente dos outros problemas médicos, que podem frequentemente ser tratados de modo relativamente fácil e com sucesso. A dor crónica é uma doença complexa, causada e mantida por uma combinação de factores físicos, psicológicos e neurológicos.
Estas causas múltiplas tornam difícil localizar uma causa específica da dor, ou determinar qualquer tratamento. A dor é também frequentemente desacreditada ou mal tratada por causa da bagagem de ideias antiquadas sobre a dor - para o exemplo, a dor cuja causa física é desconhecida é muita vez deficientemente tratada. Isto apesar do facto que o papel dos factores neurológicos signifiquem que a dor pode ocorrer na ausência de causas externas e que tal dor não deve ser ignorada ou considerada anormal.
A instituição médica tem-se esforçado para enfrentar o desafio da dor, e reconhece agora que este problema não pode ser superado sem combinar o contributo de outras disciplinas tais como a psicologia e fisioterapias. A dor é também uma experiência subjectiva que é impossível medir exactamente. A dor envolve uma gama de reacções emocionais incluindo ansiedade, medo e depressão.

2 – Aceitação
A dor crónica é tão terrível que às vezes é mais fácil pretender escapar desejando que nunca tenha acontecido, ou em esperar uma cura milagrosa. Embora persistentes, estas reacções comuns à dor podem realmente tornar-se numa armadilha. Você necessita enfrentar a realidade de o que aconteceu, e achar maneiras construtivas de tratar dela.
A aceitação significa mais do que apenas intelectualmente saber que você tem a dor, significa na realidade permitir a si próprio/a que sinta a ansiedade, o medo, a raiva e o desgosto que vêm com a dor. A aceitação é um processo que requer progressivamente admitir e reconhecer todos os seus sentimentos, admitir as suas necessidades de ordem física e emocional.
De modo a aceitar e superar as emoções negativas associadas com a dor crónica, você tem que ter segurança e apoio adequados. Segurança significa que tem o controle adequado sobre a sua dor com a combinação correcta de contributos de tratamentos médicos, físicos e psicológicos. Apoio significa que tem o apoio emocional adequado da família e dos amigos, o que lhe dá um sentimento de contenção e segurança.
O produto final da aceitação é dor reduzida, paz interna, menos ansiedade e maior capacidade de lidar com a dor.

3 – Assuma o controle
Depois de muitos meses ou mesmo anos de dor e de tratamentos falhados, é fácil deslizar e sentir-se desesperado/a e que nada pode ser feito. Quem sofre de dor é frequentemente vítima de tratamento negativo e é fácil acabar sentindo-se irritado/a e vitimizado/a. Existe frequentemente alguma justificação para se sentir assim.
Talvez você não tenha causado a dor, e talvez você não esteja feliz com alguns aspectos do seu tratamento, mas imagine - a vida não é justa. Culpar outros pelos seus problemas, por justificado que seja, transforma-o/a numa vítima e é como entregar o controlo da sua vida. Você está permitindo a si mesmo/a deixar-se conduzir pelas suas emoções, mas você na realidade tem escolha. Tome o caminho fácil (que não é realmente assim fácil) e simplesmente culpe os outros, ou tome o controlo e obtenha informação, comunique assertivamente com o seu médico, praticando estratégias de gestão da dor tais como exercício regular, regulação do ritmo e relaxamento e gestão do stress.
Você precisa decidir se quer ser uma vítima ou um/a sobrevivente, um/a passageiro/a ou um/a condutor/a. A sua dor é problema só seu, de mais ninguém. Você tem direitos e mesmo responsabilidades como utente de saúde e paciente. Por a dor crónica ser difícil de detectar ou medir, você necessita ser um participante informado, activo no seu tratamento.
Não tenha medo de fazer perguntas, não tenha medo de dizer ao médico o que pensa e o que quer, não tenha medo de pedir alívio da dor mais forte.

4 – Tenha uma boa relação de trabalho com o seu médico
Um relacionamento aberto e confiante com o seu médico é essencial. Significa poder dizer ao seu médico como se sente, fazer perguntas e sentir-se escutado/a e compreendido/a.
O relacionamento do médico/paciente deve ser em dois sentidos. Embora você confie na opinião profissional do seu médico para o tratamento, ele depende de si para obter informação exacta em que baseie as suas decisões. É sua responsabilidade descrever os seus sintomas tão exactamente quanto possível e relatar a respeito dos resultados do tratamento, mesmo se desfavoráveis.
A insuficiente queixa da dor é uma das maiores causas da má gestão da dor. O relacionamento médico/paciente pode ser minado por má comunicação, ignorância, arrogância e medo. Por exemplo, muitas pessoas têm na verdade receio de dizer ao seu médico como se sentem por medo de ser etiquetado como fracas ou queixinhas. Outros pacientes relatam para minimizar a severidade da sua dor porque não querem que o seu médico sinta que falhou!
Deve sentir que pode falar ao seu médico, que ele escuta e o/a respeita, e que fica satisfeito/a que ele está a trabalhar competentemente e completamente no seu interesse. Você tem também o direito a mudar de médico se estiver descontente.

5 - Nunca ignore a dor
No tratamento da dor crónica tornou-se moda recomendar ignorar a dor (depois de as investigações médicas estarem completas) na opinião que é apenas dor e não há nada fisicamente mal.
Esta aproximação representa uma viragem de 180º da velha noção de prescrever descanso acamado, a favor de manter a actividade. A ideia é que a inactividade conduz apenas à depressão e de qualquer modo não ajuda o problema.
Contudo, com determinados tipos de dor, isto pode conduzir a um ciclo de agravamento, privação de sono, exaustão, dor e sofrimento aumentados, particularmente se é alguém que tipicamente ignora a dor (ignorar a dor é naturalmente, o que causa a maioria de lesões de tensão repetitiva).
O outro problema de ignorar a dor é que todas as vezes que a dor ocorre, ela deixa uma impressão permanente no seu sistema nervoso, um tipo de “memória da dor”. Estas experiências repetitivas de dor conduzem à super-estimulação do sistema nervoso e da geração de sinais espontâneos de dor, conduzindo a um ciclo de stress e dor. Há assim boas razões para querer evitar a dor, mas mais uma vez, a inactividade total não é resposta. A melhor aproximação é de equilíbrio e com níveis de actividade regulados e evitar o agravamento da dor indevido.

6 – Ter uma aproximação equilibrada da actividade física
Pode ser tentador adoptar uma aproximação de “não fazer nada”, na esperança que você possa evitar dor adicional. Como nós indicámos, como a dor crónica é causada em parte por mudanças neurológicas, evitar a actividade não parará a dor. Evitar a actividade conduz também ao enfraquecimento muscular e a um acumular de subprodutos nos tecidos, que podem realmente exacerbar a dor.
Noutras alturas, pode sentir-se frustrado/a e forçar-se a terminar tarefas relativamente exigentes (por exemplo aparar a relva) que sabe que lhe irão doer mais tarde. Isto pode fazer com que você tenha que levar dois dias de descanso na cama para recuperar. Esta aproximação “tudo ou nada” é disparatada e ineficaz a longo prazo.
Precisa regular os seus níveis de actividade. Você pode fazer isto sozinho/a, por experiência, ou com um pouco ajuda externa na forma de ajuda profissional. O apoio e orientação de um profissional de saúde compreensivo são muito desejáveis para manter a motivação e tratar dos medos e obstáculos ao longo do caminho.

7 - Durma!
A perda de sono causada pela dor inadequadamente controlada pode conduzir a um ciclo de fadiga, depressão e irritabilidade. A incapacidade de dormir, ou acordar sentindo-se cansado/a, são sinais que a sua dor não está a ser controlada correctamente.
Desenvolver um padrão de sono reparador é essencial para lidar com a dor crónica. Melhorar o seu sono dar-lhe-á mais energia e ajudá-lo-á a sentir-se mais capaz de defrontar os problemas.
Há muitas coisas que você pode fazer para começar a dormir melhor incluindo relaxar, talvez tomando um banho quente, escutar música ou passar uma cassete de relaxamento antes de ir dormir; auto- hipnose; um bom colchão; postura; medicação; e geralmente uma boa gestão do stress.

8 – Assegure-se que obtém apoio adequado
Muitos doentes com dor crónica tornam-se isolados, alienados de pessoas amadas, colegas de trabalho e sociedade. O apoio social ou emocional inadequados podem conduzir ao isolamento, à depressão, e ao risco aumentado de suicídio. Pessoas que normalmente se orgulham de si próprias em ser independentes e não necessitar dos outros estão particularmente em risco.
Infelizmente, as reacções negativas dos outros podem desanimar os sofredores crónicos de falar sobre os seus problemas ou procurar ajuda. As reacções não-apoiantes de pessoas em que você pensava que podia confiar podem ser muito decepcionantes, é outra coisa que cai no saco da “vida não ser justa”.
A realidade é que está fora de questão esperar poder lidar sozinho/a com uma doença crónica que lhe rouba a capacidade de amar, brincar e trabalhar. Ter o apoio emocional adequado aumenta extremamente a sua capacidade de resistir.
Falar com a família e amigos próximos é vital. Uma conversa da família com o seu médico ou psicólogo pode também ajudar permitindo aos outros aprender mais sobre o seu estado e falar sobre as coisas num ambiente neutro.

9 – Não espere que as pessoas que não têm dor compreendam como é
É frustrante e irritante quando os outros parecem não compreender. Entretanto, como os pacientes de dor crónica não têm frequentemente nenhuma lesão visível, é fácil para a família e amigos, em especial as crianças, esquecer-se de que há qualquer coisa mal. Podem também “esquecer-se” porque é difícil para eles ter que viver com o conhecimento que uma pessoa amada está em dor.
Assim, não espere que as pessoas que não têm dor compreendam como é, e esteja preparado/a para ter que lembrar aos outros as suas limitações. Das crianças em especial não se pode esperar que compreendam as implicações de uma condição como a dor crónica. É uma lição que terá que ser repetida muitas vezes.

10 – Perdoar a si próprio
A perda de capacidades de trabalho, amor e prazer causadas pela dor crónica pode criar sentimentos de culpa e fracasso. Torne-se ciente das suas próprias expectativas, e de todos os sentimentos de vergonha ou culpa e examine-os criticamente. O mais provável é você não ter pedido para ter dores.
Os sentimentos reprimidos de vergonha conduzem ao ressentimento e emergem mais tarde como raiva. Sentir-se culpado/a pode ser também uma forma sutil de auto-indulgência – quando se auto-culpa, você está na realidade a nadar em pena de si próprio.
Perdoar e deixar partir a culpa será mais fácil se você escolher uma aproximação pró-ativa o adotar estes 10 Passos.


PS: Me senti como naqueles grupos de auto-ajuda, mas não pude deixar de reproduzir o texto, pois pode realmente nos ajudar.

Abraços
Clê

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das Mães


Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 9 de maio de 2009

Ah que saudade....


Bem, então ontem fui na apresentação de meu filho mais novo para o dia das mães.
Meu garotinho tem 6 anos, feito essa semana, e foi a primeira vez que fui na homenagem feita por ele. Lembro dos anos anteriores, eu sempre acamada ou hospitalizada. Faz um ano hoje que sai do hospital, lembro quando ele apareceu com o pai para me buscar no início do sábado a tarde. No domingo eu estava com muita dor de cabeça, só desci para almoçar junto com eles...foi muito triste.
Eu já passei por tanto "dia das mães", mas sempre a emoção é única. Lembro das meninas, a Isa sempre foi a escolhida para ler as homenagens na escola, lendo pra mim, tão bonitinha lá na frente. Lembro da Cássia, meiguinha, enfeitadas. Da Thu quando era um toquinho. Da ansiedade de entregar os cartõezinhos feito com as primeiras letras aprendidas do alfabeto, enfeitados com purpurina.
Ser mãe é uma benção. Talvez a benção mais trabalhosa e ao mesmo tempo gostosa do universo. Eu sempre me emociono eu sempre choro...sempre.
Ontem meu filho disse antes da apresentação que a professora disse que se eles cantassem bem bonito as mães iriam "chorar de feliz", e que se fosse feio elas iriam "chorar de triste". Dai ele me perguntou como eu ia chorar, eu disse "De feliz, claro, pq eu sei que vc cantará muito bonito".
É incrivel ver seu filho te homenageando, a gente dando tiauzinho se saber se eles estão nos vendo ou não.O sorriso que nos aguarda e o orgulho de ser seu filho.
Lembro de todas as lembranças que ganhei no dia das mães. Os cartõezinhos tenho guardado até hoje. Assim como os primeiros trabalhinhos, as primeiras letras, os primeiros rabiscos.
Lembro dos pequenos acidentes, de cada marquinha e cada pinta que trazem. Dos passeios nos parques, das sessões de cinema, de cada emoção única, vivida ao lado de cada filho.
Não há uma sensação como essa. É gostoso lembrar das horas e minutos que cada um nasceu. A forma como nasceram. Os cabelos, enrolados da Thu e espetadinhos do Paulo. Da manchinha na testa da Cássia, dos olhos de japonesa da Isa. Eu não tenho fotos do meu parto. Nenhum deles.
Mas tenho uma foto do exato momento que cada um veio ao mundo.
Essa guardada na memória e no peito. E irá durar pra sempre.
Abraços a todos, feliz Dia das mães a todas que me acompanham. Que vocês tenham dias felizes de mãe, como eu tenho.

Clê

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Experiência de Pais


Acabei de sair da homenagem do Dia das Mães do meu filho mais novo. Ouvi esse lindo poema e não quis deixar passar o momento para postá-lo. Amanhã conto como foi.
É um poema-verdade, lindissimo, que reflete todas as nossas fases como pais.

Experiência de pais
Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia, sentam-se perto de você e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.

Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.

E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.

Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros.

Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.

Principalmente com os erros que esperamos que não repitam. Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma a os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos depois que somos pais.
Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...

Autor: Affonso Romano de Sant'Anna
Publicado no Portal da Família em 01/03/2003

Estou como sempre...

Faz algumas postagens que não conto como estou. Isso ainda é reflexo daquele comentário dizendo que estava muito deprimente. Depois fiquei pensando, na realidade é deprimente mesmo, o que eu posso fazer? Aí postei sobre outros assuntos, outras coisas, mas os amigos verdadeiros sempre querem saber como estou passando...
Não houve nenhum avanço no meu tratamento. Continuo utilizando a morfina, o metadona, a gabapentina, amyptril e tudo mais que encontro pra dor, aqui em casa eu tenho uma farmacinha com analgésicos mais fracos, então tomo tylenol, miosan, dorilax, tudo que diga que é para dor eu tomo...rs, mas não aconselho.
Pior da dor crônica é que o sono não é reparador. Primeiro é uma dificuldade imensa pra dormir, eu fico de zumbi assistindo todos os telejornais até o último, por volta de 01 hora da manhã. Dai vou ler um pouco e acabo dormindo entre duas/duas e meia da manhã. Quando acordo no dia seguinte parece que sai de uma caixinha. Toda amassada, toda quebrada, dói tudo. Então vou pra um banho quentinho, prefiro tomar banho pela manhã, hpabito de muito tempo. A agua quente ajuda mais um pouquinho, mas é passageiro também.
Pela manhã estou um trapo. Por volta das dez estou melhorzinha, é a hora que leio meus mails e faço as postagens. Mas ultimamente eu tenho passado mais tempo de cama do que antes. Mesmo com doses maiores do remédios a dor continua forte. Meu quadril dói muito, meus pés queimam, tenho que lidar com os amortecimentos que tem aumentado alias. Várias vezes quando fico sentada e tento andar a perna "falha", está toda amortecida e fico sem força. Dá um gelo pensar que isso pode ser um sinal da siringo aumentando.
Estou sem fazer os exames de controle, isso me preocupa. Acho que vou procurar o neuro e pedir uma ressonância, pra ver se esse treco aumentou ou não. Pelas sensações acho que aumentou, pois é as mãos, as pernas, o rosto, tudo amortecendo. A coluna que não para de doer, na verdade a dor nas costas se mede nas pernas.
Então meus queridos, continuo na mesma vidinha de sempre, tentando lidar com a dor diária...quem tem sabe como é: muito difícil.
Abraços a todos!

Clê

terça-feira, 5 de maio de 2009

Frutas, que saudade!


Hoje passei o dia inteiro envolvida com frutas...e então bateu uma saudade.
Saudades da infância, de comer gabiroba (ninguém conhece...rs) uma fruta que dava num pé alto e que meu irmão ou meu pai tiravam pra mim. Nunca mais comi gabiroba, morro de saudade do gosto, do cheiro.
Adoro cheiro de frutas, exceto em perfume que acho enjoativo. Temos plantado na minha casa um pé de amora, um pé de manga, um pé de goiaba, um de pitanga e hoje observamos que nasceu um pé de abacaxi! Quero ver se vai dar fruta, por que abacaxi em quintal eu nunca vi...rs

Todos esses pezinhos são pequenos ainda e não dão frutas, o que é uma pena. Na minha infância nós tínhamos: manga, amora, goiaba, banana, laranja, figo, romã, mimosa ou mixirica(depende do lugar onde mora) tudo em um pomar.Ainda, próximo de casa era possivel comer ingá. Tinha um ingazeiro enorme.E araçá então? Araçá eu lembro que tinha na primeira casa que moramos em Curitiba. Lembro que, quando voltei do hospital após o parto da minha primeira filha, eu ainda era uma garota...rs...subi no pé de araçá uns três dias depois do parto. E chegou uma vizinha me dando uma bronca...rs..dizendo que, se eu fizesse esforço, "a mão do corpo"(útero) viria para fora. Eu nem liguei, continuei em cima árvore...comendo araçá! Gostoso a época onde as pessoas tinham um jardim de flores em frente de casa e um pomar nos fundos. Minha casa tinha.

Hoje eu vejo isso quando vou para a casa de minha sogra que mora no interior. Tem um lindo pomar cheio de laranjas, que ainda estavam verdinhas e mimosas.
Na frente tem um grande quintal com flores e arvores, uma delícia! E ainda tem uma hortinha, com repolho, alface,tomate, cheiro verde. Aqui em casa estou tentando fazer uma horta mas tenho disputado o espaço com os passarinhos. Tentei plantar alface, quando nasceram os passarinhos acabaram com ela. Agora só tenho cheiro verde, couve e manjericão e minhas frutas que ainda não dão frutos. Mas darão um dia e cresceram cada vez mais lindas.

Gostoso lembrar de uma época que traz saudades...ainda tentarei reproduzir, um dia, o meu pomar.Não consigo pensar na possibilidade dos meus filhos crescerem sem essa oportunidade...De comer, muito, lindas amorinhas tiradas do pé!

abraços a todos!
Clê

PS: Eu na casa de minha sogra! Com a cabeça nas frutas! hehehehe!

domingo, 3 de maio de 2009

Por um triz...


Essa noite fomos acordados de madrugada com a noticia que meu enteado havia se acidentado. Então eram 3 da manhã quando meu marido saiu de casa, com a recomendação que fosse devagar até o Hospital. Como se isso fosse possível.
Já percebeu que quando recebemos uma notícia ruim, com o coração sobressaltado o reflexo é ir cada vez mais rápido não é mesmo?
Principalmente quando se trata de filhos...Dói e aperta o coração a possibilidade de perdê-los.Sempre pedirei para ir antes dos meus filhos, quando for a hora, claro, porque deve ser uma dor terrível perder um filho.
Bem, mas felizmente esse não foi o caso. O carro capotou, deu perda total. O Dan fraturou o úmero e algumas lesões no rosto. Felizmente também a irmã, que as vezes é passageira, não estava junto, pois o estrago maior foi no lado do passageiro.
Meu marido disse que, no começo da noite quando o filho ligou avisando que estava saindo de casa ele sentiu um ímpeto de pedir que ele não fosse. Mas...jovem, sábado a noite em casa?? Impossível. Assim quando ouviu o toque do telefone já ficou imaginando o pior.
Então fiquei acordada esperando ele ligar...depois acordei de manhã com o telefone tocando. Ele ficou a noite toda no hospital, como bom pai que é.
Hoje foi um dia extremamente atípico. Graças ao anjo da guarda (que é forte), principalmente para quem viu como o carro ficou, todos sairam bem. Doloridos um pouco, mas VIVOS!
Abraços a todos, uma excelente semana pra todo mundo!

Clê