domingo, 17 de maio de 2009

Papel de mãe...


Acabei de ler uma entrevista com a Maria Mariana, que fala sobre seu novo livro "Confissões de Mãe". Ela anteriormente escreveu e protoganizou "Confissões de Adolescente". Na entrevista ela diz que não se arrepende de ter deixado a carreira e ficar em casa cuidando dos 4 filhos. E que esse é o papel primordial da mulher: o papel de mãe. Se não educarmos nossos filhos, como poderemos cobrar deles atitudes mais tarde?
Sei que muita gente discorda desses comentarios. Mas, apesar de minha formação acadêmica e de sempre ter trabalhado, até aparecer minhas dores crônicas, tenho que concordar com ela.
A mulher foi feita para cuidar dos filhos, para ama-los, para educa-los. Esse é nosso papel primordial. A partir da revolução feminina, da queima de sutiãs, da marcha pela liberdade, passamos a ocupar um lugar maior na sociedade. Passamos a trabalhar "fora" e competir no mundo dos negócios.
Que vantagens tivemos? Nenhuma. Vejo milhares de mulheres submetidas a jornadas triplas de trabalho - no trabalho, em casa, na educação dos filhos. E vejo que cada vez mais estamos mais doentes. O percentual de mulheres com LER (lesão de esforço repetitivo), por exemplo é superior a dos homens.
Por outro lado, deixamos nossos filhos a mercê de outras pessoas. Tentamos jogar esse papel para a escola, mas a escola é para dar cultura e não para formar personalidades, caráter. Formar um cidadão, formar uma pessoa, é papel da família, é papel sempre da mãe.
O que vejo é que caimos em uma grande armadilha. Fomos (as gerações anteriores, mas fomos como mulheres em geral) atraidas por uma promessa de liberdade, de igualdade, de tratamento digno, e o que temos hoje?
à partir da entrada da mulher no trabalho houve um certo desiquilibrio, por exemplo, no exército de reserva, nas palavras de Marx. Esse exército de reserva era formado por homens...e já era um grande contingente. O exercito de reserva é o que controla o mercado de trabalho, é o que faz com que você não mande seu emprego pelos ares, pois imediatamente acharão outro para por em seu lugar.
Esse desiquilibrio, com mais mão de obra ávida por pertencer a esse mercado de trabalho, fez com os salários dos homens, até entao os unicos "provedores do lar" sofresse uma redução, drástica até nos ultimos tempos.
Essa redução salarial combinada com o desemprego, faz com que milhares de famílias se desintegrem, que tenhamos cada vez mais mulheres trabalhando após a separação/divórcio, agora por necessidade e não por vontade "própria".
E isso causou ainda uma grande desintegração. São crianças sendo criadas por si próprias ou por estranhos. Quem pode substituir uma mãe? Ninguém.
Crianças a mercê da marginalidade. Percentual de violência cada vez mais alto. É isso que vejo.
Então o papel de mãe é extremamente salutar não só para a familia mas para a sociedade.
Pior de tudo é constatar que é tarde demais. Hoje se todas as mulheres resolvessem voltar para casa, voltar para o convívio com sua familia, com seus filhos, teríamos uma enorme crise mundial, muito maior do que hoje enfrentamos, pois o mercado de trabalho prescinde dessa mão de obra.
Não se trata de ser feminista, ou de não ser...mas de olhar a situação criada por uma ótica realista.
Caímos em uma enganação. Viva Maria Mariana, que ela continue em casa cuidando de seus filhos e criando cidadãos dignos do futuro.
Abraços!
Clê

Nenhum comentário: