Tinha consulta com minha psico na semana passada, mas minha dor estava (e está) tão violenta que não tive condições de ir, tive que remarcar para março.
Estou a dias com a dor piorando, fui ao PS tomei a medicação de sempre, mas sabe-se que o efeito é curto.
Tô chateada de não achar solução nenhuma pra essa dor. Fico aqui com o micro no colo, deitada, procurando sites que digam algo a respeito de dor crônica. Vou lendo, leio muito, algo vai ter que aparecer.
Mas tudo isso desgasta, cansa, muito, muito, muito. Semana passada, pra piorar me estressei muito com o corte do meu plano de saúde pela empresa, isso piora (o estresse) muito a sensação de dor.
Tô cansada de sentir dor. Quero sair de casa, fazer coisas simples, levar uma vidinha normal como todo mundo...só isso, eu sei que não é pedir demais.
Tem coisas que me alegra: a minha família(sempre) e responder aos comentários deste blog e do jurídico, me faz sentir útil, sabe? Quer dizer mesmo estando aqui deitada, dolorida, sofrendo muito, me sinto feliz quando isso acontece, pois gosto de ajudar as pessoas. Meu primo(que é advogado também) diz que eu tenho que "sarar logo" e seguir a carreira de defensora pública, pois sempre fui altruísta, nunca me importei de ajudar as pessoas, me sinto feliz mesmo.
Não gosto de transparecer minha tristeza para minha família, se eu tenho que chorar, choro no banheiro, durante o banho. Agora tenho um banquinho, posso tomar banho sentada (seria cômico se não fosse trágico).
Meus médicos não querem me re-liberar para a fisioterapia, fiz de março a novembro, religiosamente, todos os dias de segunda a sexta, mas o efeito foi zero e além disso tive vários dias que sai pior da fisio.
Agora a professora do meu filho quer que ele vá ao psicólogo também, pois ele é super emotivo. Eu entendo meu filho. Na gravidez eu já sofria com a dor (já contei isso na "saga"), depois que ele nasceu nunca me viu uma dia sequer sem dor(ele completa 8 anos em maio), claro que isso o afeta...fico triste por não poder levar uma vida normal de mãe sabe? Perguntaram a ele na escola (os amiguinhos) se ele era orfão, pois nunca me viram na escola.Compreendem?
Eu não nunca fui a um parque, a um shopping, fui apenas a duas comemorações na escola, um na formatura dele do pré e outra no dia das mães...isso não é normal pra uma criança. Ele vê a mãe dos outros indo todos os dias à escola, levando e buscando seus filhos.
Eu, mesmo deitada, ajudo na lição de casa, enquanto ele fica do meu lado escrevendo, separo o lanchinho, aviso da hora do banho,quando estou um pouco melhor acompanho o banho, seco, troco de roupa, aviso do almoço, ou seja, faço o que está ao meu alcance. Mas sei que ele precisa mais...
Minhas filhas adolescentes e adulta tiveram a oportunidade de conviver um tempo comigo sem dor mas ele não.
Então junta tudo...a depressão é inevitável.
Além do mais tem o lado profissional:saber que tem capacidade e não poder exercer é como um castigo. E tem o lado do dano, constante e atual, moral que não quero descrever, pois me deixaria pior, por ora. Mais tarde, eu conto tudo.
Eu só escrevo pois sei que quem acompanha entende exatamente o que eu estou dizendo pois passam pela mesma situação.
A todos os meus amigos, seguidores e anônimos (inclusive os internacionais) meus sinceros agradecimentos. Mesmo não os conhecendo pessoalmente saibam que sempre estarão no meu coração.
Abraços a todos.
Clê
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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