segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Olha a minha mão, Doutor"...

Quem viu os telejornais essa semana sabe do que estou falando. Falo do desespero de uma mãe trabalhadora, ao ser chamada a Delegacia pois seu filho de 15 anos estava preso acusado de furto. A mãe dá vários tapas no menino, falando da dureza de pagar a prestação do tênis, de todos os sacrificios que ela fez.
Eu me emocionei com ela, muito até. Nós mulheres sempre vivemos entre o trabalho e os filhos. Como conciliar? Mulheres hoje são chefes de família em mais de 55% dos domicilios. Acabou a figura do homem como "provedor do lar", aliás, pelo que sinto, eles não estão nem aí...É claro que o problema da violência tem várias origens, várias causas, sociais, econômicas, culturais, enfim é uma gama de combinações que faz com que meninos infratores pratiquem crimes.(Meninas também, mas em um número menor).
Infelizmente enfrentamos uma época de ausência de reconhecimento de autoridade. Os filhos não respeitam mais seus pais, seus avós, os professores, aliás, vivemos em um mundo onde estamos as avessas. Não são os mais velhos que mandam nos menores. É ao contrário.
Vivemos com medo de impor limites ao nossos filhos. Tapas? Nem pensar. Bronca na escola? Deus me livre.A lei impõe limites cada vez mais rígidos aos pais, enquanto os filhos seguem internados em abrigos...
Confesso que eu nunca bati nos meus filhos...Consigo o quero com diálogo. Mas como dialogar se os pais sabem sequer expressar aquilo que sentem?
As vezes fico com medo de pensar no futuro. Ensino meus filhos a serem bons, a serem corretos e honestos, mas terão que enfrentar um mundo extremamente ao oposto...Conseguirão sobreviver?
Não escrevo para ter conclusões, escrevo para dizer o que penso...
Pensem comigo, onde nós vamos parar hein?????
Abraços

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