Seria injusto se eu não dedicasse um post ao meu filho mais novo, na foto sendo "esmagado" contra o muro pela irmã.
Meu filho é uma criança absolutamente fantástica. Brinco, que desde a "barriga da mamãe" ela já me protegia. Isso pq eu queria por que queria fazer parto normal, mesmo já estando com problemas na coluna. Ai na última semana antes do parto, ele sentou...e ficou lá, sentadinho. Então tive que fazer cesárea.
Quando ele nasceu não deu um chorinho, nada. Então levaram ele para a observação, pois criança que não chora, pode acabar ficando com líquido no pulmão. Me lembro balançando o carrinho com uma mão e com a outra lendo as matérias da faculdade. Ele ficava quietinho no carrinho, só recebia colo quando o pai chegava, pq eu não conseguia levantá-lo.
Acho que ele foi uma benção, pois mesmo eu ficando grávida em um periodo conturbado de doença, a dor cessou durante a gestação...
Hoje o que me deixa triste é a noção geral dele da minha saúde. Quando estou "travada" na cama, ele vai e fica comigo, fica me rodeando. Quando ele quer que eu faça alguma coisa por ele, ele me dá o bracinho e me guia. Ou me faz carinho, fica um tempão passando as mãozinhas em meu cabelo.
Sei que ele compreende o fato de eu não conseguir acompanha-lo em parques, em cineminhas, em teatro, até em homenagem do Dia das Mães eu já faltei. Quando fico internada a diversão dele é subir na cama do hospital e ficar subindo e descendo o controle.
Por um lado é triste, uma criança tão pequena não deveria passar por este tipo de problema...não deveria ter consciência que a mãe vive doente, isso é muito triste.
Por outro lado é feliz, pq ele sabe que cada momento em que estou bem é dedicado a eles.
Bem, parando por aqui, senão vou acabar chorando na madrugada...
beijo a todos que acompanham!
Clê
2 comentários:
Olá Clê, boa tarde...eu novamente, hoje com um pouco mais de tempo p/ te ler...
Estou em lágrimas, muitas lágrimas...esse post...parece q estava "me lendo"...
Eu tenho um bbzinho tb, ele tem 1 ano...que engrçado, ele tb sentou no final da gravidez e tive q ter cesarea...e tb passei a fgravidez toda me preparando p/ o parto normal...ele tb não chorou qdo nasceu e tb foi levado p/ sala de reanimação...meu pós parto foi em época de provas e passava noites amamentando e lendo...
Sofro muito, em silêncio, por não conseguir dar tudo de mim a ele...numa fase tão gostosa, de descobertas, de risadas estrondosas...mas não consigo...faço o q posso e nem todo mundo entende né?!
Fico pensando o que vai ser, como ele vai me ver, me questiono o qto ele "gosta" de mim...pq bb é assim, prefere quem brinca mais, quem dá mais colo e talz...lá dentro sei q no futuro ele vai me entender e estar ao meu lado, ele é uma criança maravilhosa, super bonzinho, parece q ele já entende...qdo o pego pra trocar fraldinha, fica quietinho, até me ajuda...rs...já com o pai e com a avó...rs...
Mas como disse antes...eu vou conseguir melhorar!
Até logo...antes q eu tb passe a tarde em lágrimas!
Oi Thais:
Acabei de responder seu e-mail. Que engraçado, Paulo nasceu na época de provas também, fiquei 52 dias afastada da faculdade e voltei na semana de provas.Eu ficava a noite lendo os cadernos que minhas amigas me emprestavam. Resultado peguei 5 finais na época e dependência em uma matéria (por 0,25 pontos, acredite). Eu sei o que está sentindo...na época fiquei tão infeliz por não poder amamentá-lo por causa dos remédios e me sentia muito triste por não aguentar ficar com ele no colo. Para amamentar eu amamentava na cama utilizando como suporte uma amolfada. E para brincar com ele, meu marido colocava colchonete no chão, assim eu não precisava ficar me abaixando.
Meu filho é uma benção. Se ele tivesse sido "programado" não teria dado tão certo. Ele veio em uma época que eu nem pensava mais em ter filhos e hoje é meu companheirinho.
Fico triste dele, aos 6 anos, ter uma consciência tão grande do que á dor, do que eu sinto, as vezes quando estou de cama ele fica comigo na cama...só pra ficar do meu lado, me fazer carinho para o "dodói" passar.
Tenho certeza que seu filho lhe trará grandes alegrias, vc vai ver.
Você e ele terão um elo mais forte, do que vc imagina, pq a criança sente, desde o útero, todas as emoções da mãe.
beijão, olha lá o mail e não fique triste, nem chore!
Clê
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