quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A teoria da relatividade na prática...


Não estranhem o título. Eu sempre fui muito ruim em matérias como física e química. Aliás, era ruim em matemática também, mas sempre tive um bom raciocínio lógico nato, desde o princípio, foi isso que me ajudou a fazer contabilidade. Também sempre fui boa com as palavras e isso me ajudou em Direito.

Voltemos a teoria da relatividade, a fórmula de Einsten, que nem me atrevo a reproduzir...rs

O que quero dizer é que o tempo é algo extremamente relativo. Pense comigo: quantas vezes vc estava lá no seu trabalho, com seus afazeres e queria um tempinho livre, para fazer alguma coisa, como por exemplo, ir na manicure, ou ir ao banco, ou ir ao cinema, sei lá qualquer coisa...

Você tinha uma vida atribuladíssima, correndo de um lado para o outro, sempre com mil coisas que ficavam a serem feitas, aguardando um tempo.

Então...um dia você fica doente. Eu trabalhei um ano e meio doente, é díficil, muito difícil, mas chega um dia e você é afastado(a) do trabalho. O que me irritava no início, eram piadinhas de ex-colegas de trabalho, ligando pra sua casa e perguntando como estavam as "férias". Odeio isso, férias é férias. Afastamento por doença é outra coisa absolutamente diferente.

Mas, voltando, ao assunto. Então você não tinha tempo para nada. Provavelmente se desdobrava entre trabalhar, estudar, cuidar da casa, cuidar dos filhos. E quando vc se afasta do trabalho â situação muda radicalmente.

O tempo existe. Você tem todo o tempo do mundo. Mas...como fazer aquilo que realmente você gostaria de fazer? Impossível.

Vou dar um exemplo: eu passo meses sem ir à manicure, porque não consigo ficar sentada mais de meia hora. Quando vou ao Banco entro na fila preferencial, as pessoas podem não entender de imediato pq alguém aparentemente jovem está na fila preferencial, mas eu também não consigo ficar muito tempo em pé. E entro pela porta de deficientes, eis que o mecanismo que com o uso para dor não posso passar pelo detectores de metais.

Não vou ao cinema, não saio, não passeio. Minha vida divide-se entre o tempo da fisioterapia, dos especialistas em dor, dos hospitais, das emergências. E todos os outros que se ocupam disto.

Então a vida parece meio que sem sentido...Eu fico em casa um longo tempo, leio, normalmente apoiada em almofadas, vejo os noticiários, escrevo no Jus, visito as comunidades e só, acaba aí!

Eu queria mesmo era estar 100%! Tenho vontade de estar nessa roda-viva que é o cotidiano, sem tempo nem pra respirar direito! Caramba, eu não estou acostumada a ficar em casa...

Sinto falta da faculdade, de ser "obrigado" a pensar, de buscar soluções. Sinto falta do trabalho, de verdade. Até das picuinhas, das fofocas eu sinto falta.

Não é que não me empenhe em resolver o meu "problema". Desde o início eu segui todas as recomendações médicas, fiz todos os procedimentos e cirurgias indicadas, mas a verdade é uma só: a cada ano eu me sinto cada vez pior.

Mas minha cabeça quer estar a mil por hora e quero que meu físico me acompanhe.

Esse ano TEM que ser o ano das soluções, ser o ano do BASTA, de verdade!

Abraços a todos que acompanham!

Boa semana!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Clê

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